Próximo encontro on-line 05/08/2024
Nossos encontros são quinzenais e o próximo será em 05/08/2024, 2ª-feira, às 20h (horário de Brasília).
ICK – Instituição Cultural Krishnamurti
Desde 1935 divulgando oficialmente os ensinamentos no Brasil
Nossos encontros são quinzenais e o próximo será em 05/08/2024, 2ª-feira, às 20h (horário de Brasília).
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Para os que preferem assistir antecipadamente, o trecho selecionado para o encontro on-line vai do minuto 20:20 até o minuto 37:30, acessível neste link. Clique aqui, para participar do encontro.
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Mais uma série de vídeos teve suas legendas traduzidas para a língua portuguesa. São os diálogos entre K e quatro estudantes de Brockwood Park, ocorridos em junho de 1985, com os seguintes temas: Como foi sua educação, seu meio? Existe liberdade quando existe aprendizado. A comparação não é uma forma de violência? Os links foram…
Leia mais “Novos diálogos traduzidos – Brockwook Park – junho/1985” »
Os ensinamentos são importantes por si mesmos e intérpretes ou comentadores apenas os distorcem, sendo aconselhável ir diretamente à fonte, os próprios ensinamentos, e não se valer de nenhuma autoridade. Jiddu Krishnamurti
A essência do ensino de K está contida na declaração feita por ele em 1929, quando disse: “A Verdade é uma terra sem caminho”. O homem não chegará a ela através de organização alguma, de qualquer crença, de nenhum dogma, de nenhum sacerdote ou mesmo um ritual, e nem através do conhecimento filosófico ou da…
I – Alguma vez você fica magoado, senhor?
K – Fisicamente, você quer dizer?
I – Não é bem isso. Não sei como expressá-lo em palavras, mas sentimos em nosso íntimo que as pessoas podem nos causar mal, ferir-nos, fazer-nos infelizes. Alguém diz qualquer coisa e nós nos encolhemos. Refiro-me a isso quando falo em nos magoar. Todos nos magoamos uns aos outros desse jeito. Alguns o fazem deliberadamente, outros sem o saber. Por que ficamos magoados? É tão desagradável!
MEDITAÇÃO
O Significado da “Busca”; problemas atinentes à prática (adestramento) e ao controle; natureza do silêncio.
Desejo falar a respeito de um assunto que se me afigura de suma importância; compreendendo-o, ficaremos, talvez, habilitados a alcançar, por nós mesmos, um percebimento total da vida e, portanto, a agir de maneira completa, livres e felizes.
Andamos sempre a buscar uma certa coisa misteriosa, porque nos vemos insatisfeitos com a vida que estamos levando, com a superficialidade de nossas atividades, tão pouco expressivas, às quais, entretanto, queremos dar significação e sentido; mas esta é uma atividade do intelecto e, por conseguinte, será sempre superficial, ilusória, e, por fim, sem nenhum significado. Todavia, sabendo de tudo isso – sabendo que nossos prazeres são efêmeros e nossas atividades diárias mera rotina; sabendo também que nossos problemas – tantos deles – talvez nunca possam ser resolvidos; e já descrentes de tudo, sem fé nos valores tradicionais, nos instrutores, nos gurus, nas sanções da Igreja e da sociedade – continuamos, a maioria de nós, a tatear, a buscar alguma coisa de real valia, incontaminada pelo pensamento, um certo estado extraordinário, de real beleza e êxtase. A maioria de nós, parece-me, deseja descobrir algo que seja duradouro, que não possa corromper-se facilmente. Esquecendo a realidade objetiva, entregamo-nos – sem emoção ou sentimentalismo – a esse profundo ansiar, essa profunda inquirição, que porventura nos dará acesso a uma realidade não mensurável pelo pensamento e que não cabe em nenhuma categoria de fé ou de crença. Mas, tem o buscar alguma significação?
A ATIVIDADE MECÂNICA DO PENSAMENTO
“A mente que compreendeu o inteiro movimento do pensamento torna-se sobremodo quieta, absolutamente silenciosa.”
Estivemos falando sobre a importância do pensamento e ao mesmo tempo de sua não importância; de como o pensamento é capaz de enorme atividade e, dentro de seu próprio campo, só tem liberdade limitada. Falamos também acerca de um estado mental totalmente descondicionado. Nesta manhã, podemos considerar esta questão do condicionamento – não apenas o condicionamento cultural, superficial, mas também considerar porque há condicionamento. Podemos investigar a natureza da mente não condicionada, da mente que transcendeu todo condicionamento. Cumpre-nos penetrar bem fundo nesta questão, a fim de descobrirmos o que é o amor. E, compreendendo o que é o amor, estaremos aptos a compreender a pleno o significado da morte.
Peço-vos, portanto, não aceiteis o que este orador está dizendo, mas, sim, vos sirvais dele como um espelho, no qual vos vedes refletidos tais como sois. Isso pode ser um tanto assustador, mas é necessário vos verdes realmente nesse espelho, a fim de descobrirdes o verdadeiro, sem ser conforme alguma opinião, ou segundo a experiência ou a teoria de outrem. Estamos considerando a questão das relações, questão sumamente importante, porquanto a vida, em todos os seus aspectos, é relação; a vida cessa quando não há relação. O monge que se retira para urna caverna solitária, ou uma cela, ou o que quer que seja, continua a estar em relação, ainda que não pareça. Pode estar em relação com uma idéia, um conceito, uma fórmula; ele continua num estado de relação. E “estar em relação” significa estar ativo no presente, pois de outro modo não há relação. Para a maioria de nós, “relações” significa lembranças de prazeres ou dores acumuladas nas relações com outra pessoa – nas relações entre marido e mulher, entre os filhos, etc. Assim, todas as nossas relações – se as observamos bem – baseiam-se numa imagem. E a imagem é o passado; pode-se-lhe tirar ou acrescentar alguma coisa, mas, no âmago, ela é sempre o passado. Podeis ver muito facilmente como se forma essa relação, essa imagem. Não há necessidade de examinar isso, porquanto o seu mecanismo é bastante óbvio: o pensamento, remoendo o insulto, o prazer, as exigências e apetites sexuais e sua satisfação, etc., formou, a pouco e pouco, essa imagem de prazer e de dor que constitui a essência de todas as relações, sejam as relações entre o homem e a mulher, sejam as relações entre o indivíduo e a comunidade ou entre a comunidade e a nação ou o mundo. Assim, quando se está examinando esta questão das relações, torna-se naturalmente necessário compreender, por inteiro, o processo do pensar. Existe uma relação verdadeira no amor, tal como o conhecemos? No amor, que lugar cabe ao pensamento? Existe amor, se existe pensamento?
Autoconhecimento não significa acumular conhecimentos sobre si próprio; significa observar a si próprio. Se aprendo acumulando conhecimentos, nada aprendo a respeito de mim mesmo. Há duas maneiras de aprender. A primeira é aprender acumulando conhecimentos c, com eles, observar; isto é, observar através do crivo do passado. Observo-me, tenho experiências, acumulo conhecimentos derivados dessas experiências; olho-me através dessas experiências, isto é, olho-me mediante o passado. Essa é uma das maneiras de aprender. A outra maneira é observar o movimento de todos os pensamentos, de todos os “motivos”, e jamais acumular. Por conseguinte, este aprender é um processo constante.
A questão, pois, é se há possibilidade de ver a coisa em seu todo imediatamente, e com esse ato de ver pôr-lhe fim.
Vê-se de maneira total, quando o problema é suficientemente urgente, não só para a própria pessoa, mas também para o mundo. Há guerra, externamente, e há guerra internamente, dentro de cada um de nós; é possível acabarmos com ela de imediato, voltarmos-lhe as costas, psicologicamente? Ninguém pode responder a esta pergunta senão vós mesmo – isto é, quando a ela respondeis sem dependerdes de nenhuma autoridade, de quaisquer conceitos intelectuais ou emocionais, quaisquer fórmulas ou ideologias. Mas, como dissemos, isso exige muita seriedade e séria observação – observação, quando estais sentado num ônibus, de tudo o que vos cerca; observação daquilo que está diante de vós mesmo, a mover-se, a transformar-se; observação, sem motivo algum, de todas as coisas tais como são. O que é tem muito mais importância do que o que deveria ser. Como resultado desse zelo, dessa atenção, talvez venhamos a saber o que é amar.