- Relações Humanas, Sociais; Verbo, Atrito, Harmonia
Que se entende por relações? Que significa “estar em relação”? (…) Relações significam contato, estar junto – estar relacionado, em contato direto com outro ente humano, conhecer-lhe as dificuldades, seus problemas, sua aflição, sua ansiedade, que é também nossa. E, compreendendo a vós mesmos, compreendeis o ente humano e, conseqüentemente, podeis operar uma transformação radical na sociedade. (…) (Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 91-92)
Assim, torna-se de essencial necessidade a radical transformação do ente humano. Porque quase todos nós ainda somos animais. Se observardes os animais, vereis que somos parentes muito próximos. Observai um cachorro, um animal de estimação! Como são ciumentos! Como gostam de adulação, de afagos, etc., exatamente como os entes humanos (…) A menos que seja totalmente transformado o animal em nós existente, por mais que nos esforcemos, ainda que nos liguemos às mais extravagantes ideologias (…) – nunca resolveremos esse problema. (Idem, pág. 92)
Importa, pois, compreender o que significam as relações. Estamos em relação? (…) Por “relações” entendemos: estar em contato intelectual, emocional e psicologicamente. Estamos assim em contato? Ou só há contato, relação, entre a imagem que tendes de vós mesmo e a imagem que tendes de outro? A respeito de vós mesmo, tendes uma imagem, idéias, conceitos, experiência etc. Tendes vossas idiossincrasias, tendências, que constituem a vossa imagem de vós mesmo. (…) Existe essa imagem de vós mesmo, e a outra pessoa também tem uma imagem de si própria. E quando entram em contato as duas imagens, chamamos a isso relações. (…) (Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 92-93)
(…) Para a maioria de nós, “relações” é um termo que significa conforto, satisfação, segurança; e nessas relações servimo-nos da propriedade, das idéias e das pessoas para nossa própria satisfação. (…) Quando nos servimos de outras pessoas, exigimos a posse, física ou psicológica; e, ao possuirmos alguém, criamos todos os problemas do ciúme, da inveja, da solidão e do conflito. (Nosso Único Problema, pág. 19)
Assim, nossa dificuldade e nosso crescente problema decorrem da falta de compreensão das nossas relações, compreensão que, essencialmente, é autoconhecimento. (…) Por conseqüência, é importante que compreendais fundamentalmente as vossas relações com vossa esposa, vosso marido, vosso vizinho; porque as relações são uma porta através da qual podemos descobrir a nós mesmos, e compreender o que é o pensar correto. (Idem, pág. 19)
Uma sociedade baseada no uso mútuo é a raiz da violência. Quando fazemos uso de outrem, só temos diante dos olhos o fim que desejamos conseguir. O fim, o ganho, impede as relações, a comunhão. (…) (Nosso Único Problema, pág. 89)
Uma sociedade cuja estrutura está baseada na mera necessidade, quer física, que psicológica, gera, forçosamente, conflito, confusão e sofrimento. A sociedade é a projeção de vós mesmos em relação com outrem (…) (Idem, pág. 89)
Nossas relações atuais são realmente muito confusas, desditosas, contraditórias, isoladas; nelas, cada um trata de estabelecer para si, em torno de si, e dentro de si, uma muralha inacessível. Examinai-vos – não o que deveríeis ser, mas o que realmente sois. Como sois inacessíveis, cada um de vós! – pois tendes tantas barreiras, idéias, temperamentos, experiências, aflições, cuidados, preocupações! E vossa atividade de cada dia está sempre a isolar-vos; ainda que casado, com filhos, estais sempre a funcionar, a atuar egocentricamente. (Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 78)
E a vida diária, tal como a conhecemos, é uma batalha constante, uma aflição, uma confusão interminável, com ocasionais lampejos de alegria, de íntimo prazer. Assim, a menos que ocorra uma revolução fundamental em nossas relações, a batalha prosseguirá e, por esse caminho, nunca se achará solução alguma. (…) (Idem, pág. 79)
Mas, vendo-nos em conflito, tratamos de fugir-lhe mediante vários sistemas de filosofia, de bebidas, do sexo, de toda espécie de entretenimento intelectual ou emocional. Assim, a menos que, interiormente, haja uma revolução radical nas nossas relações (…), a menos que haja uma radical mutação nas relações, tudo o que se fizer (podemos ter as mais nobres idéias, falar e discursar infinitamente acerca de Deus, etc.) será sem significação alguma, porque é mera fuga. (Viagem por um Mar Desconhecido, pág. 79)
Apresenta-se, assim, o problema: Como posso eu, que vivo em relação, operar uma mutação radical nas minhas relações? Eu não posso fugir das relações. (…) Viver é estar em relação. Assim, tenho de compreender e de alterar as relações. Tenho de descobrir um meio de operar uma transformação total de minhas relações; porque, afinal de contas, elas estão produzindo guerras (…) (Idem, pág. 79)
É importante, por conseguinte, compreendermos as nossas relações (…) Enquanto nos servimos da propriedade como meio de engrandecimento próprio, haverá conflito, (…) uma sociedade baseada na violência. (…) Não estais usando a propriedade, as comodidades, a autoridade, como meios de auto-engrandecimento? O saberdes que tendes certa quantia (…) no banco, que possuís um título, um patrimônio – isso não vos confere importância, um sentimento de poder? (…) (Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 128-129)
Vemos, pois, que baseamos as nossas relações no auto-engrandecimento. E enquanto nos servimos de pessoas, de idéias, de coisas, para nosso engrandecimento próprio, tem de haver violência. O problema não pode ser resolvido por meio de nenhum padrão de ação econômica ou social, pois o que se requer é a compreensão de todo o nosso ser psicológico; por essa razão se torna necessária uma revolução interior, e não apenas uma revolução no exterior. (…) (Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 129)
(…) “Olhar sem conhecimento” vossa esposa, filhos, os fatos ocorrentes nas relações, é vê-los sem as mágoas, inimizades, crueldades, insultos, imposições, anteriormente experimentados. Tudo isso, que faz parte do conhecimento, desapareceu, e vós olhais diretamente o que é. Esse mesmo olhar, em que não há experiência nova, é a mais elevada forma de sensibilidade. (O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª ed., pág. 136)
Pode alguém achar a paz, quando busca a segurança atrás das muralhas de seus temores e esperanças? Em toda a vossa vida, tendes procurado retrair-vos, porque desejais estar protegido, fechado nas muralhas de uma relação limitada que tendes o poder de dominar. (…) (Reflexões sobre a Vida, pág. 101)
Se pudésseis dominar a causa de vossa atual perturbação, teríeis paz; mas como não podeis fazê-lo, estais muito apreensivo. Todos queremos dominar o que não compreendemos. Queremos possuir ou ser possuídos, quando existe o medo a nós mesmos. A incerteza a respeito de nós mesmos faz nascer um sentimento de superioridade, de exclusão e isolamento. (Idem, pág. 101)
Ser é estar em relação; (…) A vida de relação é um conflito interior e exterior; o conflito interior, generalizando-se, torna-se conflito mundial. Não há insulação e não há objeto que não esteja relacionado. (O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 131)
Sabeis que na vida de relação existe conflito, que existe luta constante entre vós e outrem, entre vós e o mundo. (…) Não resulta ele da ação recíproca da dependência e da aquiescência, do desejo de domínio e do desejo de posse? (…) (Idem, pág. 131)
Nós aquiescemos, dependemos, possuímos, porque existe em nós uma insuficiência interior, que dá origem ao temor. (…) A vida de relação é uma tensão, sendo necessária percepção profunda para compreendê-la. (Idem, pág. 131)
Por que há conflito entre pessoas? Ora, não são todas as relações mútuas um processo de auto-revelação? Isto é, nesse processo de relação, estais vos revelando a vós próprios, estais descobrindo todas as condições do vosso ser, o feio e o agradável. (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 39)
Se estais apercebidos, as relações são como espelho, refletindo mais e mais os vários estados dos vossos pensamentos e sentimentos. Se compreendemos profundamente que as relações mútuas são um processo de auto-revelação, então elas terão um significado diferente (…) (Idem, pág. 39)
Nas relações mútuas, procuramos satisfação, prazer, conforto, e, se houver qualquer oposição profunda a isso, procuramos mudar nossas relações. Assim, as relações, em vez de serem uma ação progressiva de constante apercebimento, tendem a tornar-se um processo de auto-isolamento. (…) (Idem, pág. 40)
Nas relações mútuas, a causa primária do atrito está em nós próprios, no “eu”, que é o centro da ansiedade unificada. Se, porém, pudermos compreender que o mais importante não é como os outros agem, mas como cada um de nós age e reage, e, se essa reação e ação podem ser fundamental e profundamente compreendidas, então as relações mútuas sofrerão uma mudança profunda e radical.
Nessas relações mútuas com outrem, há não somente o problema físico, mas também o do pensamento e do sentimento em todos os níveis, e podemos estar em perfeita harmonia com outrem somente quando estamos integralmente em harmonia com nós mesmos. (…) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 54-55)
Nas relações mútuas o que tem importância (…) não é o outro, mas nós mesmos, o que não significa que precisamos nos isolar, mas que devemos compreender profundamente, em nós mesmos, a causa do conflito e da tristeza. Enquanto dependermos de outrem para nosso bem estar psicológico, intelectual ou emocional, essa dependência deve, inevitavelmente, criar temor, do qual provém a tristeza. (Idem, pág. 55)
Estou insistindo (…) Se basearmos nossa compreensão meramente na razão, então nela haverá isolamento, orgulho, ausência de amor, e, se a alicerçarmos apenas na emoção, então nela não haverá profundeza, haverá somente uma sentimentalidade que logo se evaporará, e não amor. Somente nessa compreensão pode existir plenitude de ação. (…) (Idem, pág. 55-56)
O problema, pois, é de relação. Sem relações, não há existência; ser é estar em relação. (…) O que sou eu projeto; é óbvio que, se não me compreendo a mim mesmo, toda a vida de relação é só confusão, a estender-se em círculos cada vez mais amplos. (A Arte da Libertação, pág. 62)
Nessas circunstâncias, as minhas relações assumem extraordinária importância, não as relações com as chamadas “massas”, mas no mundo de minha família e meus amigos (…) – (…) com minha esposa, meus filhos, meus vizinhos. Num mundo de vastas organizações, (…) movimentos de massa, temos medo de agir em escala pequena, temos medo de ser pessoas insignificantes (…) (Idem, pág. 62)
Uma sociedade cuja estrutura está baseada na mera necessidade, quer física, quer psicológica, gera, forçosamente, confusão e sofrimento. A sociedade é a projeção de vós mesmos em relação com outrem. (…) Como podeis estar em comunhão com outrem, se o utilizais como peça de mobília, para vossa conveniência e vosso conforto? (…) (Nosso Único Problema, pág. 89)
Nós não compreendemos a vida de relação; o processo total do nosso ser, do nosso pensamento, nossa atividade, favorece o isolamento, o qual impede o estado de relação. O ambicioso, o astuto, o crente, não pode estar em relação com outra pessoa. Só pode servir-se dela, o que gera confusão e inimizade. (…) (Idem, pág. 89)
(…) Essa confusão e essa inimizade existem na presente estrutura social; e continuarão a existir (…), a menos que haja uma revolução fundamental, em nossa atitude perante outro ser humano. Enquanto fizermos uso de outrem como meio para nossos fins, por mais nobres que sejam eles, haverá inevitavelmente violência e desordem. (Idem, pág. 89-90)
Ora, para a maioria de nós, as relações com outrem estão baseadas na dependência econômica ou psicológica. Essa dependência cria temor, gera em nós possessividade, dá lugar a atrito, suspeita, frustração. (…) (Palestras em Ojai e Saróbia, 1940, pág. 52)
Que é então a relação? A mim me parece que esta é uma das coisas mais importantes na vida, porque o viver é relação. Se não há relação, o viver não existe em absoluto; a vida se converte então em mera série de conflitos que termina em separação, solidão com seus temores, ansiedades, problemas de apego, e todas as coisas envolvidas nesse sentimento de achar-se completamente isolado. (…) (El Despertar de la Inteligencia, II, pág. 132)
(…) Mas, se fordes ao encontro do ambiente sempre renovados, a carga dessa memória do passado (…); se sois essa inteligência, essa mente que de contínuo se recria, como o sol, em cada aurora, então, nessa novidade, (…) vivacidade, vereis surgir a compreensão de todas as coisas. Cessa, aí, todo o conflito, porque inteligência e conflito não podem coexistir. Cessa de todo a desarmonia, porque a inteligência funciona, então, em toda a sua plenitude. (A Luta do Homem, pág. 113-114)
Quando o procedimento, a civilidade, a consideração não revelam profundeza nem afeição, nada significam. Já se houver dedicação, bondade, solicitude, daí surgirá a fineza, a polidez, a benevolência para com os demais, demonstrando isso que a pessoa pensa cada vez menos em si. (…) E aquele que não tem preocupação egocêntrica é, na verdade, um ser humano livre (…) (Ensinar e Aprender, pág. 55-56)
Agora, o interrogante (…) Ora, o que tem importância é a minha própria condição e não a dos outros. Se minha mente é mesquinha, estreita, limitada, eu hei de enxergar a mesma coisa nos outros. Esse desejo de criticar os outros é verdadeiramente extraordinário. Como posso saber o que outra pessoa é, se não sei o que eu próprio sou? Como posso julgar outra pessoa, se minha medida é defeituosa? (…) (Que Estamos Buscando?, pág. 164-165)
Não sei se você penetrou nessa questão com profundeza, para por si próprio descobrir se se pode viver com outra pessoa em total harmonia, em completo acordo, de forma que não haja barreira, divisão, mas um sentimento de completa unidade. Porque relação significa estar em relacionamento, não em ação, não com algum projeto, não com uma ideologia – mas estar totalmente unido no sentido de que a divisão, fragmentação entre indivíduos, dois seres humanos, não mais exista em nenhum nível. (The Awakening of Intelligence, pág. 76)
A menos que se descubra esse relacionamento, parece-me que, quando tentamos produzir ordem no mundo, teórica ou tecnologicamente, criamos não apenas profundas divisões entre o homem e o homem, mas também nos tornamos incapazes de evitar a corrupção. A corrupção começa onde há falta de relacionamento; penso que esta seja a raiz da corrupção. Relacionamento, como agora o conhecemos, é a continuação da divisão entre os indivíduos. (Idem, pág. 76)
(…) O que se torna necessário, (…) é que se opere uma transformação fundamental em nós mesmos; (…) deve atingir não somente as nossas relações pessoais, mas também nossas relações com a sociedade. (…) (Por que não te Satisfaz a Vida?, pág. 149)
A realidade não é algo abstrato ou teórico, (…) está na compreensão da vida de relação, no estarmos cônscios a todos os momentos do nosso falar, da nossa conduta, da maneira como tratamos as pessoas, (…) como consideramos os outros; porque a conduta correta significa virtude (…) (Idem, pág. 150-151)
Muito importa, pois, que se compreenda integralmente o processo do “eu”; (…) Se uma pessoa quer compreender a sociedade e promover uma revolução fundamental na estrutura social, ela tem, obviamente, de começar em si mesma; porque nós não somos diferentes da sociedade. (Idem, pág. 15)
Pelo contrário, a verdadeira revolução não é realizável pelos movimentos coletivos, e sim por uma interior reavalização das relações – só isso constitui verdadeira reforma, revolução radical (…) Ora, precisamos começar a resolver o problema em escala pequena, e essa escala pequena é o “eu” e o “vós”. Quando compreendo a mim mesmo, compreendo a vós, e dessa compreensão nasce o amor. (A Arte da Libertação, pág. 63)
(…) No momento em que vos acercais de outra pessoa com a mira em algum proveito financeiro ou espiritual, interceptais de todo a comunhão com ela. O falso respeito que costumamos ostentar é indicativo de compreensão? Vós me tratais com deferência, às vezes, mas geralmente demonstrais, com os vossos servos, vossas esposas e vosso próximo, desdém, desconsideração, indiferença ou insensibilidade.
Tem valor isso? Ser respeitosos com um homem de quem esperamos alguma coisa, e desdenhosos, duros e brutais com os outros? E constituirá o saber a essência da nossa vida? Se assim pensamos, interpretamos erroneamente a existência. Mas, se pudermos compreender, momento a momento, o integral significado da existência, talvez encontremos, então, alegrias e felicidade. (…) (Uma Nova Maneira de Viver, pág. 119-120)
Ora, se examinarmos a nossa vida, as nossas relações com os outros, veremos que são um processo de insulamento. Na realidade, não nos importamos com os outros. (…) Por outras palavras, só existem relações enquanto nos dão prazer. Pode parecer severo isso, mas, se realmente o examinardes, vereis que é um fato; (…) (Novo Acesso à Vida, pág. 143)
(…) Assim, se examinarmos a nossa vida e observarmos as nossas relações, vemos que elas constituem um processo em que levantamos resistência uns contra os outros, em que erguemos uma muralha, por cima da qual olhamos e observamos os outros; mas conservamos sempre a muralha e permanecemos atrás dela, quer seja uma muralha psicológica, quer uma muralha material, econômica, nacional. (Idem, pág. 143-144)
Não é possível isolarmo-nos do mundo, porquanto ser é estar em relação. Sem compreensão da vida de relação, não há ação verdadeira (…) A vida de relação é comunhão, e essa comunhão é impedida quando forte o processo de insulamento. (…) Embora julguemos estar em relação, o que na realidade fazemos é olhar por cima da muralha, mas permanecendo sempre nessa clausura e, conseqüentemente, provocando maiores sofrimentos para nós mesmos e para outros. (…) (O Caminho da Vida, pág. 13)
(…) É porque não somos criadores, (…) que somos tão anti-sociais, em todos os diferentes níveis de nossa consciência. Para ser muito prático e muito eficiente nas relações sociais, (…) com todas as coisas, o indivíduo precisa ser feliz; e não pode haver felicidade se não houver um findar, se houver “vir a ser”. No findar, há renovação, renascimento, novidade, frescor, alegria. (…) (Da Insatisfação à Felicidade pág. 74)
Nessas condições, (…) É a falta de relações corretas que produz conflito; por conseguinte, é essencial que compreendamos o conflito nas relações. (…) Logo, a compreensão de todo o processo de nós mesmos, em relação com a sociedade, é o primeiro passo para a compreensão do problema do conflito. O autoconhecimento é o começo da sabedoria; porque vós sois o mundo, não estais separado do mundo. A sociedade são as vossas relações com vossos semelhantes. (…) (Nosso Único Problema, pág. 65-66)
(…) A verdadeira revolução vem de dentro, quando compreendeis as vossas relações, as vossas atividades diárias, vossa maneira de proceder, de pensar, de falar, vossa atitude para com o próximo, para com vossa esposa, vosso marido, vossos filhos. (Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 197)
(…) Quando amais alguém, estais em comunhão com esse alguém; não tendes idéia alguma, relativamente à pessoa que amais. De modo idêntico, se nos for possível estabelecer uma relação de verdadeira comunhão entre nós, de maneira que vós e eu compreendamos o problema juntamente, teremos então a possibilidade de uma radical revolução no mundo. (Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 116)